Quando dizemos que uma criança apresenta paralisia cerebral, queremos dizer que esta paralisia é, por conseqüência, uma lesão neurológica estabelecida, ou seja, a quadro clinico, neste caso, é estável, o que não significa que o paciente não tenha sua própria evolução, geralmente adquirindo habilidades ou vencendo etapas da evolução neuropsicomotora.
O programa de reabilitação tem como objetivo principal a estimulação sensório-motora, auxiliando o desenvolvimento neuropsicomotor. Este processo de estimulação visa que o sistema nervoso central receba uma variedade de estimulações que propiciam seu amadurecimento.
Desta forma, o objetivo deste processo é, através da intervenção multidisciplinar, minimizar as seqüelas decorrentes.
A fisioterapia propõe a independência nas atividades de vida diária (AVD), melhorando a funcionalidade global.
No aspecto psicológica, a atuação pode ser junto à família, com o próprio paciente ou com os outros membros da equipe, auxiliando nas orientações e esclarecimentos, tanto nas questões emocionais envolvidas nos diagnósticos, c Omo nas diretrizes do trabalho.
A fonoaudilogia tem papel importante na estimulação da linguagem, adequação da alimentação e, sendo o caso, no trabalho de comunicação alternativa.
A pedagogia trabalha com a metodologia adequada para cada caso, após avaliar o estágio em que se encontra o paciente (preparado ou não para o processo de alfabetização).
Finalmente, a educação física, além de auxiliar o trabalho fisioterápica, é responsável pelas atividades recreativas dos alunos.
Considerando o paciente como uma pessoa inteira, estamos mais próximos de realizar objetivos de reabilitação e aumento da qualidade de vida. Por isso a equipe multidisciplinar é tão importante.
Flávia Oliveira Raymunda
Fisioterapeuta CREDITO 3/21897